O único tema que ressoa em todas as muitas teorias populares
sobre a vida é o Amor. O amor, em todas as suas frágeis formas, é a força
poderosa e duradoura que dá sentido real a todas as vidas.

Mas o amor a que me refiro é o
fogo que queima dentro de cada um, o calor interno que impede a nossa alma de
congelar nos invernos de desesperança. É o amor à vida em si. É a voz que diz:
“Celebre a vida, seja criativo!” E traz a paixão e a compreensão de que, se há
coisas pelas quais vale a pena morrer, há muito mais coisas pelas quais viver.
É o que nos encoraja a receber
cada novo momento como se recebe um velho amigo no aeroporto, a abraçar cada
nova oportunidade de expressar a nossa felicidade por estar vivo. Este amor à
vida nos leva a ajudar os outros simplesmente porque nos sentimos bem fazendo
isto.
Todos sabemos como é maravilhoso
se sentir confiável e dar apoio a familiares e amigos (claro, dentro de certo
limites). Mas, por mais que soe verdadeiro falar que estamos aqui para viver a
vida que amamos”, isto ainda traz um monte de perguntas pegajosas.
Especificamente: por que,
exatamente, você está aqui? O que você ama de verdade?
Quem não se faz essas perguntas
invariavelmente passa a vida sem saber por que ela não é muito mais divertida.
Muitas vezes se sente como se tivesse sido deixado para trás, ou não sabe como
explicar, mas sente que alguma coisa simplesmente não cheira bem.
A verdade é que freqüentemente nos concentramos tanto no que estamos fazendo que não vemos para onde estamos indo. Mas o que estamos fazendo, afinal? O mundo moderno está cheio de distrações, metas e prioridades discutíveis. O dia e a noite se confundem. Somos impelidos por uma avalanche de medos e desejos para uma corrida que não podemos vencer.
E corremos, corremos, corremos
para chegar a um ponto ideal nas nossas vidas e... E o quê? É como ir ao
supermercado, sair do carro e esquecer o que você tinha ido comprar.
Tantas vezes começamos sonhando com uma vida maravilhosa, selvagem e livre que geralmente é muito distante da que acabamos levando. E o triste é que quase sempre descobrimos isso tarde demais, quando é impossível recomeçar. E, acredite, existem algumas sensações terríveis neste mundo. Como a culpa por ter passado o dia inteiro sem fazer nada, ou o arrependimento por não ter ajudado um amigo num momento difícil, e a vergonha do tipo “não acredito que eu fiz aquilo no nosso primeiro encontro!”.
Mas, de todas as sensações que
deixam você doente, nenhuma é pior do que saber que teve a oportunidade de
fazer o que ama de verdade e não aproveitou. Portanto, qual é a sua paixão? A
razão por que você veio ao mundo? A resposta a estas perguntas lhe dará acesso
ao grande mistério da vida. E bota grande nisso.
Aqui vão algumas pistas para você encontrar o caminho certo. Para começar, ninguém vai fazer isso por você. É como andar o tempo todo com um cartaz nas costas dizendo “Me chuta”. Você tem que descobrir isso sozinho.
Também é pouco provável que um
dia você seja iluminado por uma luz brilhante e seu objetivo na vida lhe
apareça como numa visão divina, e com certeza você não o encontrara na
televisão.
Sim, é remotamente possível que
um dia o sangue corra para o seu cérebro e lhe permita chegar a uma conclusão
sem muito trabalho, mas o melhor é passar um bom tempo sozinho, se fazendo as
perguntas difíceis.
Este exercícios não é dos mais
duros, só querer honestidade. Fácil como “levante a mão se você acha que pode
aproveitar melhor a vida”.
Também se trata de chegar à
essência do que verdadeiramente importa. Não interessa quem mexer no seu queijo
– se pergunte por que você estava procurando o queijo.

Se você se fizer as perguntas
importantes e ouvir atentamente o seu coração, cedo ou tarde ouvira o destino
lhe chamar. Uma pequena voz - chame-a de
consciência, de “eu” interior ou de sogra introjetada – sempre lhe dirá a
verdade, se você estiver pronto para ouvi-la.
A princípio, você apenas se dará
conta de como a sua vida não sai do lugar. (Ei, bem-vindo ao clube!)
Depois descobrira que sabe o que
realmente quer, mas não sabe como conseguir. Logo, no entanto, batera na sua
testa. Como quando você esta a meio caminho da praia e subitamente se lembra
que deixou o ferro ligado. E quando você tiver certeza, ou apenas suspeitar,
que sabe o que deveria estar fazendo com a sua vida, então faça! Nem que seja
um salto no escuro, do qual já aterrissara correndo, pois não tem um segundo a
perder.

Portanto, não dá para perder um
único precioso segundo. Vá atrás do seu sonho com energia e paixão, ou então
recue e veja-o escorrer pelo ralo, pois o tempo passa!
Continuação...
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